14 de janeiro de 2016

ENQUANTO SOMOS JOVENS, a.k.a. Medo de envelhecer e generation gaps


Ano: 2015
Direção: Noah Baumbach

Após um trailer que me cativou (hehe, "cativou"), demorei um tempo até resolver, de fato, assistir ao filme. Na minha cabeça, ficava justificando que era por causa do Ben Stiller (a verdade é que eu não curto ele nem um pouco), mas, assim como o que aconteceu com Jim Carrey e Will Ferrell, eu sabia que eu iria mudar um pouco a minha opinião - para melhor - quando o visse fora dessas comédias idiotas, fazendo um filme mais "sério".


Na história, o ator interpreta Josh, um documentarista quarentão que está empacado há dez anos na finalização de seu documentário. Ele e sua mulher (Naomi "deusa" Watts) não têm filhos, e começam a se sentir minoria (e, porque não?, sem assunto) perto de outros casais da idade deles.

Em uma palestra sobre documentário, Josh conhece o casal Jamie (Adam Driver) e Darby (Amanda Seyfried), ambos em seus vinte e poucos anos, cheios de interesses, estilosos e super interessados (principalmente Jamie) na carreira de Josh. Quem não adoraria sair com eles e se sentir importante e mais novo?


O filme parece se dividir em duas partes (o que não acontece no trailer): a busca por se sentir vivo, não se importando tanto com as convenções etárias se você não se sente com vontade de "obedecê-las", e as consequências (não de uma forma tão ríspida como essa palavra soa) da mistura de gerações, onde cada possui seus valores e suas prioridades, se é possível compreender a forma de pensar de uma geração diferente da sua, e como as pessoas, de um modo geral, interagem.

Como já falei acima, tenho implicância com o Ben Stiller, não consigo entender onde está a graça dessas comédias cheias de carões e bizarrices, enfim... mas ele está muito bem no filme. A que mais me surpreendeu foi a Amanda Seyfried, que sempre faz a boazinha enjoada, e aqui é uma hipster maluca-beleza que te traz sentimentos confusos de gostar e desgostar, assim como Adam Driver. Nem preciso falar da Naomi Watts, por favor (ma-ra-vi-lho-sa).


Eu AMO essas comédias vida-normal novaiorquinas, com uma problemática pé no chão, mesmo que seja carregada de uma moral forte, como no caso de Enquanto Somos Jovens. Não é que eu não tenha gostado do final, mas acho que, de repente, não precisava. Mas eu juro, é minha única reclamação sobre o filme. 

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