4 de setembro de 2016

O frisson de Stranger Things


Há umas semanas foi lançada no Netflix (a.k.a. melhor invenção da humanidade) a série de 8 episódios Stranger Things. Como eu sou sempre a mais atrasada do planeta e nunca estou em dia com o que tá bombando, vi vários memes cheios de piadas internas – e, obviamente, não entendi nada. Pra quê eu to falando isso? Só pra deixar registrado que durante um tempinho eu soube que a série existia, mas ela acabou se tornando mais uma coisa na minha lista interminável do que assistir.

Aí começaram a surgir as matérias falando que ST era a melhor série do ano, da década, da vida; que a série tinha relançado a carreira da Winona Ryder – é, eu sei quem é WR e lembro muito bem da história do roubo das roupas –; que as referências a filmes dos anos 1980 eram excelentes… e por aí vai.


Lá fui eu assistir à série, é claro. Fiz uma maratona razoavelmente tranquila (8 episódios são tranquilos, nénon?) e, no final do ultimo episódio, fiquei com aquela sensação de ~ meu Deus, como eu vivi sem ter visto isso antes? ~ E, bem quando eu estava no meu hype de sensações, me sentindo parte da boiada (ou seja, finalmente eu entendia o porquê de tanto amor por uma série *desculpa, Game of Thrones!*) um pessoal começou com a contrapartida, dizendo que a série não era tão grandes coisas assim.

Me explicarei agora: achei, sim, a série fantástica. Não é a melhor série da vida porque, me desculpem (e como gosto é muito pessoal, falo mesmo), vai ser difícil barrar A Sete Palmos, cujo ultimo episódio me faz chorar copiosamente TODA VEZ QUE EU VEJO. Mas, pessoal, vamos parar de esperar sempre a melhor série do mundo, deixa ela ser boa do seu jeitinho especial, como acabou sendo pra mim.

Eleven S2

Talvez porque eu ame muito filmes da década de 1980 eu tenha gostado mais da temporalidade da série do que outras pessoas. Talvez seja essa vibe Stand by Me, com as crianças como personagens principais, ou o monstro com um quê de Labirinto do Fauno, ou a própria Winona Ryder, que tava com a carreira chafurdada há tempos e agora está chamando a atenção novamente. Talvez seja o mistério que leva a outro mistério, que leva a outro mistério que tenha me deixado tão ligada, sofrendo porque acabou muito rápido e não tem segunda temporada (ainda, menos mal!) pra continuar assistindo.


Sinceramente, eu entendo o frisson, sim. Sou parte dele. Não acho que é a melhor série do ano – até porque, quem julga isso, afinal? – mas acho que ST inovou e cativou, mostrando que cada vez mais as series de TV aberta acabam perdendo espaço pra empresas que têm mais coragem de ousar na escolha do seu produto. Vide Sense8 né, meu povo?

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